Tratamento da depressão

No Dia Mundial da Saúde, saiba onde buscar tratamento gratuito para a depressão na Grande Florianópolis

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07/04/2017 | Por: CAROLINE STINGHEN


Nesta sexta-feira é comemorado o Dia Mundial da Saúde, e a Organização Mundial da Saúde (OMS) definiu que neste ano o tema principal das discussões em relação à data é a depressão. O transtorno pode chegar sem aviso, em pessoas de qualquer idade. Infelizmente, ainda é confundido com "preguiça", "frescura", ou "chatice". Mas depressão é coisa séria e precisa ser tratada. Saiba ler os sinais e procure ajuda.


A depressão é a principal causa da incapacidade nas pessoas e o principal fator – nos casos mais graves – do suicídio. Segundo o secretário Científico da Associação Catarinense de Psiquiatria e Professor do Programa de Pós-graduação em Ciências da Saúde da Unisul, Alexandre Paim Diaz, os principais sintomas são tristeza, diminuição na capacidade de sentir prazer, pensamentos negativos e alterações do sono e apetite. Alguns pacientes podem se queixar ainda de dificuldades na atenção, memória e concentração.


Neste momento delicado na economia, quando as relações de emprego não estão mais garantidas, por exemplo, o estresse pode servir como um "gatilho" para um quadro de depressão "naquelas pessoas que já possuem uma predisposição", observa o psiquiatra.


— Por outro lado, é importante reforçar que a manutenção de relações saudáveis no ambiente familiar e social, prática de atividade física, alimentação saudável, assim como evitar uso de bebida alcoólica e outras drogas, podem proteger o indivíduo de um transtorno mental, incluindo a depressão — indica Alexandre.


Para confirmar um diagnóstico, é necessário que os sintomas sejam persistentes e interfiram no funcionamento do indivíduo, como nas relações do trabalho, amigos e familiares. Este é o momento para procurar ajuda de um profissional.


Na rede privada, é possível buscar ajuda de um psiquiatra que vai avaliar a necessidade de medicação. O psicólogo dará apoio com terapia. Na dúvida, peça ajuda para seu médico de confiança, que ele poderá te indicar qual profissional procurar. Na rede pública, tem atendimento gratuito disponível tanto pelo SUS como em clínicas-escolas de universidades que possuem o curso de Psicologia, por exemplo. A fila de espera pode ser grande, mas a dica é insistir pelo tratamento.


Como funciona o atendimento pelo SUS?


A principal porta de entrada para o atendimento é realizado por parte das equipes de saúde da família, explicou Marcelo Brandt Fialho, médico psiquiatra do Departamento de Atenção Psicossocial da prefeitura de Florianópolis. As equipes contam com a retaguarda de psicólogos e psiquiatras para discussão de casos, para avaliações especializadas e para acompanhamento psicológico e psiquiátrico (individual ou em grupo), quando necessário.


Os casos avaliados mais graves, que necessitam de cuidado mais intensivo (várias vezes na semana), ou com maior fragilidade social (ausência de vínculos familiares efetivos), são encaminhados para acompanhamento também nos CAPS (que trabalham com equipes multidisciplinares: médicos psiquiatras, clínicos, enfermeiros, psicólogos). Quadros neurológicos necessitam de avaliação e acompanhamento por neurologistas, que atendem nas Policlínicas do município.


Na eventualidade da necessidade de uma internação, como Florianópolis não dispõe de hospitais próprios, é necessário o encaminhamento para hospitais estaduais ou para o Hospital Universitário. Ao receberem alta, essas pessoas são reencaminhadas para seguimento na rede municipal de saúde.


Confira uma lista de atendimento de terapia e terapias complementares para depressão na Grande Florianópolis:


Associação Instituto Movimento (Assim)

Como funciona: Como é feito o atendimento: De forma gratuita, o paciente pode participar do chamado Grupo de Experiência, uma terapia em grupo para somente maiores de 12 anos. Ele é realizado quinzenalmente. Para atendimento psicológico individual, a pessoa contribui com um valor social de R$ 30 a R$ 50. Tanto crianças, como adultos e idosos podem procurar atendimento. Agendamento: Entre em contato pelo (48) 3223-3598 ou (48) 9 9156-2354, de segunda à sexta, das 8h às 19h30min. Somente nas terças que a associação fecha às 18h.

Endereço: Rua Dr. Armando Valério de Assis, 54 (na subida do Morro da Cruz), em Florianópolis.


Clínica de Psicologia Aplicada da Universidade Estácio de Sá

Como funciona: os atendimentos são realizados por alunos dos estágios supervisionados da instituição, orientados por professores e coordenadores do curso.

Casos atendidos: A clínica oferece tratamento para problemas de aprendizagem, dificuldades afetivas e relacionais, quadros neurológicos para avaliação cognitiva como TCE (traumatismo crânio-encefálico) e AVC (Acidente Vascular Cerebral) ou demência (Alzheimer, por exemplo).

Quem pode realizar: O atendimento à comunidade é limitado por renda (aproximadamente um salário mínimo para cada integrante da família).

Agendamentos: por telefone ou direto no consultório. O contato é o (48) 3381-8050.

Atendimento: de segunda a sexta-feira, das 9 às 21 horas.

Endereço: Estácio de Sá de São José, na Avenida Leoberto Leal, 431, em Barreiros.


Serviço de Psicologia da Unisul

Como funciona: o serviço também funciona como clínica-escola, e os atendimentos são realizados por alunos, orientados por professores do curso de Psicologia. Não são tratados casos psiquiátricos.

Como é feito o atendimento: É gratuito. Como a procura pelo serviço é muito grande, é feito uma triagem para identificar cada situação e os casos mais urgentes. Dependendo do que for avaliado (se é preciso também o atendimento psiquiátrico, por exemplo) o serviço encaminha o paciente para outras instituições, como o Caps, ou indica psicólogos, geralmente ex-alunos da Unisul, que costumam atender com valores sociais.

Quem pode fazer: Qualquer pessoa da comunidade interna e externa. O atendimento é preferencialmente para pessoas de baixa renda.

Agendamentos: (48) 3279-1083, das 13h30min às 19h. Somente a pessoa interessada pode fazer o agendamento. No caso de menor idade, somente o responsável legal por ela.

Atendimento: de segunda a sexta-feira, das 13h30min às 19h.

Endereço: Unisul, na Cidade Universitária da Pedra Branca, em Palhoça. O serviço fica no 1º andar, do bloco J.


Projeto Amanhecer do Hospital Universitário – UFSC

Como funciona: O projeto não disponibiliza atendimento externo, como psiquiatria, para casos de depressão. Apenas terapias que podem ser realizadas como tratamentos complementares. O atendimento é feito somente em grupo.

Terapias disponibilizadas: Hatha Yoga; Astrologia Vocacional Vivencial; Reiki; Aprimoramento da concentração plena e redução da ansiedade através da atenção plena; Tai Chi Chuan; Biodanza; Arteterapia; Meditação ativa de Osho; Tao Yoga; Om Chanting; Yoga Acrobático.

Quem pode realizar: Comunidade em geral. Não é necessário encaminhamento médico.

Inscrições: Para participar de alguma das atividades do projeto, é necessário fazer uma inscrição e entrar na lista de espera. Para o 2° bimestre de 2017, as inscrições ocorrerão em 23 e 24 de maio, das 8h às 12h e das 14h às18h, e devem ser feitas diretamente no Projeto Amanhecer, do Núcleo de Capacitação Técnica do HU. Serão distribuídas 150 senhas por período.

Onde fica: Hospital Universitário, na Rua Professora Maria Flora Pausewang, Trindade, Florianópolis.

Mais informações: Pelo site ou (48) 3721-8055 ou pelo email ge.amanhecer@gmail.com.


Para mais informações sobre os atendimentos nos CAPS:


CAPS Ponta do Coral (Florianópolis)

Endereço: Rua Rui Barbosa, 713, nos fundos.

Contato: (48) 3228-5074 / 3228-9090.


CAPSi - para crianças (Florianópolis)

Endereço: Rua Allan Kardec, 120, no bairro Agronômica.

Contato: (48) 3324-1399 ou 3228-6095.


CAPS II de São José

Endereço: Rua Marília Borges, sem número, no Loteamento Ana Clara, no bairro Areias.

Contato: (48) 3346-8525/ 3258-8907.


CAPS II Palhoça

Endereço: Rua Ariena, 111, Passa Vinte.

Contato: (48) 3047-5535


CAPS de Biguaçu

Endereço: Rua São José, no Centro.

Contato: (48) 3039-8468





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